Gulam ou Gulamo (; pl. ), às vezes grafado como Gulbano e derivadamente escrito como Gulamusseine (Gulamhussein - "rapaz bonitinho") ou Gulamudine (Gulamuddin - "servidor da religião"), é um termo histórico árabe como inúmeras acepções. Denotou jovens rapazes e serventes e/ou escravos serventes, guarda-costas libertos ou escravos ligados a seu mestre por laços pessoais e artesãos que exerciam função em oficinas nas quais colocaram o nome de seus mestre junto dos seus em suas assinaturas.
Num sentido técnico foi empregado no mundo iraniano pré-islâmico para designar soldados recrutados por generais e reis do
Império Sassânida e no mundo islâmico para designar soldados escravos de origem
turca empregados no
Califado Abássida e nos
Impérios Otomano,
Safávida,
Afixárida,
Cajar e
Mogol. Com esta última acepção aparece pela primeira vez durante o reinado do
califa al-Mu'tasim , muito embora vários autores modernos questionem que já pelo o termo denotasse somente soldados escravos de origem turca, provavelmente designando príncipes iranianos vassalos dos califas e seu séquito pessoal.