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Marinha Bizantina
 
Marinha bizantina
A marinha bizantina foi a força militar naval do Império Romano do Oriente, mais conhecido como Império Bizantino. Como o império que serviu, foi a sucessora direta da marinha romana, do Império Romano, mas desempenhou um papel muito mais importante que a sua antecessora na defesa e sobrevivência do estado. Enquanto as frotas do império romano unificado enfrentaram poucas ameaças navais de relevo, operando como uma força de índole sobretudo policial, com poder e prestígio muito inferiores às legiões, o domínio marítimo foi vital para a própria existência do império do Oriente, levando a que muitos historiadores o classifiquem como "império marítimo".

A primeira ameaça à hegemonia romana no Mediterrâneo foi protagonizada pelos Vândalos, desde o até às guerras de Justiniano I no . A necessidade de restabelecer uma frota de guerra permanente e a introdução da galé dromon nessa época marca o ponto em que a marinha bizantina se começa a distanciar das suas raízes romanas e a desenvolver a sua própria identidade. Este processo evoluiu depois para responder à expansão islâmica do . Na sequência da perda do Levante e posteriormente do Norte de África, o mar Mediterrâneo deixou de ser um domínio exclusivamente romano (Mare Nostrum) para se tornar um campo de batalha entre Bizantinos e Árabes. Nesses confrontos, as armadas bizantinas eram fundamentais, não apenas para a defesa das possessões distantes do Império em volta da bacia mediterrânica, mas também para rechaçar os ataques lançados por mar contra a própria capital imperial de Constantinopla. Através do uso do recém inventado "fogo grego", a arma secreta mais célebre e temida da marinha bizantina, Constantinopla foi salva de diversos cercos e o Império iniciou um ciclo de inúmeras vitórias em batalhas navais.

Inicialmente, a defesa das costas bizantinas e de Constantinopla esteve a cargo da poderosa frota dos carabisianos (karabisianoi). Progressivamente, essa frota foi dividida em várias frotas regionais (dos temas), enquanto que uma frota central, dita Frota Imperial, foi mantida em Constantinopla de forma a defender a cidade e formando o núcleo das expedições navais. No final do a marinha bizantina, uma força bem organizada e bem equipada, tornou-se novamente dominante no Mediterrâneo. Os confrontos com os navios muçulmanos continuariam, no entanto, com vitórias e derrotas alternadas para ambos os lados, mas no os Bizantinos lograram alcançar novamente uma posição de supremacia no Mediterrâneo Oriental.


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