Massacre de Katyn (; ), também conhecido como
Massacre da Floresta de Katyn, foi uma execução em massa ocorrida durante a
Segunda Guerra Mundial contra oficiais
poloneses prisioneiros de guerra, policiais e cidadãos comuns acusados de
espionagem e
subversão pelo Comissariado do Povo para Assuntos Internos (
NKVD), a polícia secreta
soviética, comandada por
Lavrentiy Beria, entre abril e maio de 1940, após a rendição da
Polônia à
Alemanha Nazista. Através de um pedido oficial de Beria, datado de
5 de março de
1940, o líder soviético
Josef Stalin e quatro membros do
Politburo aprovaram o
genocídio. O número de vítimas é calculado em cerca de , sendo o número mínimo identificado. As vítimas foram executadas na
floresta de Katyn, na
Rússia, em prisões em
Kalinin e
Kharkov e em outros lugares próximos. Do total de mortos, cerca de 8 mil eram militares prisioneiros de guerra, outros 6 mil eram policiais e o restante dividido entre civis integrantes da
intelectualidade polonesa -
professores,
artistas,
pesquisadores,
historiadores, etc - presos sob a acusação de serem
sabotadores,
espiões,
latifundiários,
donos de fábricas,
advogados, funcionários públicos perigosos e
padres.
O termo "Massacre de Katyn" originalmente refere-se especificamente ao massacre na floresta de Katyn, perto das vilas de
Katyn e
Gnezdovo, localizadas cerca de 19,5 km a oeste de
Smolensk, dos oficiais do exército polonês presos no campo de prisioneiros de guerra de
Kozelsk. Esta foi a maior das execuções simultâneas perpetradas contra prisioneiros poloneses. Ocorreram outras execuções em campos mais afastados, situados em
Starobelsk e
Ostashkov, no quartel-general da NKVD em Smolensk, em prisões em Kharkov, Kalinin,
Moscou e em locais da
Bielorrússia e da
Ucrânia ocidental, baseadas em listas de execução de prisioneiros preparadas pela NKVD especialmente para estas regiões. Várias organizações polonesas do pós-guerra investigaram não só os massacres na floresta mas também os ocorridos nestas regiões, e consideram as vítimas polonesas de outras regiões além de Katyn como parte do massacre em geral.
Em 1943, quase dois anos depois da
Operação Barbarossa, a invasão da
URSS pelas tropas nazistas, o governo alemão anunciou a descoberta das valas cheias de corpos na floresta de Katyn. O
governo polonês no exílio, em
Londres, pediu de imediato à
Cruz Vermelha Internacional que abrisse investigações, o que levou Stalin a romper relações com os poloneses expatriados. A União Soviética alegou que o genocídio havia sido praticado pelos nazistas e continuou a negar responsabilidade sobre os massacres até 1990, quando o governo de
Mikhail Gorbachev reconheceu oficialmente o massacre e condenou os crimes levados a cabo pela NKVD em 1940, assim como ao seu subsequente encobrimento. No ano seguinte,
Boris Yeltsin trouxe a público os documentos datados de meio século antes que autorizavam o genocídio.