Mito fundador (
aition, em grego), é o
mito etiológico que explica a origem de um
rito ou de uma cidade, um grupo, uma crença, uma filosofia, uma disciplina, uma ideia ou uma nação. Um mito fundador pode constituir um exemplo primário, como o mito de
Íxion representou o exemplo primeiro de um assassino que se tornou impuro por causa de seu crime, necessitando assim de uma purificação pela
catarse.
Os mitos fundadores são comuns na
mitologia grega e na cultura religiosa derivada da
Bíblia. Segundo
Walter Burkert,
"antigos ritos gregos estavam associados a grupos definidos e por consequência a determinadas localidades, isto é, santuários e altares que haviam sido estabelecidos por todo o sempre". Desta forma mitos fundadores gregos estabeleceram as leis que regiam as relações entre certas divindades e sua comunidade adorante, a qual ligava sua ancestralidade ao herói ou deus central àquele mito. Esses mitos também podiam justificar a mudança de uma ordem antiga para outra.
No pensamento grego o passado mítico tinha raízes históricas factuais, e seus primeiros protagonistas eram vistos como o elo entre os mortais e o mundo divino. Referendava-se assim atos sociais, políticos e morais presentes em função da estrutura e desenvolvimentos do mito fundador, consolidando a ordem social.
Calímaco, poeta
helenista, escreveu um livro,
Aitia, onde se encotram inúmeros exemplos de mitos fundadores. Exemplo de mito fundador romano é a história de
Rômulo e
Remo, fundadores de
Roma,