Afrodite (em
grego antigo: Ἀφροδίτ,
transl. Aphrodítē) é a
deusa do
amor, da
beleza e da
sexualidade na
mitologia grega. Outros atributos incluem: deusa da
fertilidade, do
prazer e
alegria. Historicamente, seu culto na
Grécia Antiga foi importado da
Ásia, influenciado pelo culto de
Astarte, na
Fenícia, e de sua
cognata, a deusa
Ishtar dos
acádios. Ambas eram deusas do amor, e seus atributos e rituais foram incorporados no culto grego a Afrodite. Na
era romana, seria a vez de Afrodite ser a influência, dando origem à sua
equivalente romana, a deusa
Vênus. De acordo com a
Teogonia, de
Hesíodo, ela nasceu quando
Cronos cortou os
órgãos genitais de
Urano e arremessou-os no
mar; da espuma (
aphros) surgida ergueu-se Afrodite. Os principais mitos envolvendo a deusa são a saga da
Guerra de Troia, onde ela protegeu a cidade de
Troia e os amantes
Helena e
Páris; sua perseguição a mortais que a ofenderam, como
Psiquê e
Hipólito; as bênçãos dadas a fiéis como
Pigmaleão para viverem com suas amadas; e seus diversos casos amorosos, como
Ares e
Adônis.
Afrodite recebeu vários
epítetos, principalmente porque seus cultos variavam em cada cidade grega. Recebeu os nomes de
Citere ou
Citereia (
Cytherea) e
Cípria (
Cypris) por dois locais onde seu culto era célebre na
Antiguidade,
Citera e
Chipre - cada um deles alegando ser o local de nascimento da deusa. Afrodite ainda recebia muitos outros nomes locais, como
Acidália e
Cerigo, utilizadas em regiões específicas da Grécia. Mesmo com os cultos diferentes, os gregos reconheciam a semelhança geral entre todas como sendo a única Afrodite.
Afrodite, juntamente com
Apolo, representa a obsessão dos gregos pela beleza ideal. Ela foi constantemente reproduzida nas
Artes, da
Antiguidade à
Idade Contemporânea, dada a oportunidade dos artistas criarem uma beleza divina. Nos dias atuais, seu mito continua exercendo influência na
cultura, e muitas vertentes do
neopaganismo voltaram a lhe prestar culto.