A
América Latina (; ) é uma região do
continente americano que engloba os países onde são faladas, primordialmente,
línguas românicas (derivadas do
latim) — no caso, o
espanhol, o
português e o
francês — visto que, historicamente, a região foi maioritariamente dominada pelos
impérios coloniais europeus
Espanhol e
Português. A América Latina tem uma área de cerca de km
2, o equivalente a cerca de 3,9% da superfície da
Terra (ou 14,1% de sua superfície emersa terrestre). Em 2008, a sua população foi estimada em mais de 569 milhões de pessoas. Os países do restante do continente americano tiveram uma colonização majoritariamente realizada por povos
europeus de cultura
anglo-saxônica ou
neerlandesa (ver
América Anglo-Saxônica). Vale ressaltar algumas exceções, como
Québec, que não é um país independente, mas uma província de maioria
francófona que pertence ao
Canadá; o estado da
Luisiana, que também foi
colonizado por franceses, mas pertence aos
Estados Unidos e os estados do
sudoeste estadunidense, que tiveram
colonização espanhola.
A expressão "América Latina" foi utilizada pela primeira vez em 1856 pelo filósofo chileno Francisco Bilbao e, no mesmo ano, pelo escritor colombiano José María Torres Caicedo; e aproveitada pelo imperador francês
Napoleão III durante sua invasão francesa no México como forma de incluir a França — e excluir os anglo-saxões — entre os países com influência na América, citando também a
Indochina como área de expansão da
França na segunda metade do
século XIX. Deve-se também observar que na mesma época foi criado o conceito de
Europa Latina, que englobaria as regiões de predomínio de
línguas românicas. Pesquisas sobre a origem da expressão conduzem, ainda, a
Michel Chevalier, que mencionou o termo "América Latina" em 1836, durante uma
missão diplomática feita aos Estados Unidos e ao México. Nos Estados Unidos, o termo não foi usado até o final do século XIX tornando-se comum para designar a região ao sul daquele país já no início do século XX. Ao final da
Segunda Guerra Mundial, a criação da
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe consolidou o uso da expressão como sinônimo dos países menos desenvolvidos dos continentes americanos, e tem, em consequência, um significado mais próximo da economia e dos assuntos sociais.