A palavra
bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa o uso de poderes de cunho sobrenatural, sendo também utilizada como sinônimo de
feitiçaria. Conforme proposto pelo historiador norte-americano
Jeffrey B. Russell existem três pontos de vista principais sobre o que é bruxaria: o primeiro ponto de vista é o antropológico, que demonstra a bruxaria é sinônimo de feitiçaria; o segundo é o histórico, que através de documentos escritos coloca a bruxaria (europeia) como uma prática ligada ao culto ao diabo; o terceiro é o da bruxaria moderna ou hodierna, que defende a bruxaria como religião pagã (ou neo-pagã).
É importante ressaltar que determinadas ramificações modernas professa não reconhecer o diabo, dentre outros elementos judaico-cristãos, em suas práticas. Segundo a leitura do fundador da
Wicca (uma vertente da bruxaria moderna),
Gerald Gardner, em consonância com fontes doutras das mais diversas vertentes , muitas vertentes hodiernas da bruxaria praticam o culto à
Deusa e/ou ao
Deus em sistemas que variam de uma deidade única
hermafrodita ou feminina à pluralidade de
panteões antigos, mais notadamente os panteões
celta,
egípcio,
assírio,
greco-romano e
normando (
viking). Grande parte dos grupos de praticantes hodiernos considera, inclusive, que diversas deusas antigas são diferentes faces de uma única Deusa.
A reintegração do homem à natureza é parte fundamental das crenças vinculadas à Wicca, o que se evidencia na celebração do fluir das estações do ano em até oito festividades chamadas
sabás, sendo dois nos
equinócios, dois nos
solstícios e quatro em datas fixas. O fluxo de um curso completo de tais eventos chama-se comumente de
Roda do Ano.