Na
Grécia Antiga, o
demo (em
grego: δῆμος) era uma subdivisão da
Ática, região da
Grécia em torno de
Atenas. Os demos já existiam, como meras subdivisões de terra nas áreas rurais, desde o
século VI a.C., e mesmo antes, porém só adquiriram um significado mais importante depois das reformas de
Clístenes, em
508 a.C.. Nestes reformas, o alistamento nas listas de cidadãos de cada demo passou a ser obrigatória para a obtenção da
cidadania, que até então era obtida através da associação com uma
fratria ou grupo familiar. Ao mesmo tempo, os demos foram criados na própria cidade de Atenas, onde não existiam anteriormente. No total, ao fim das reformas de Clístenes, a Ática estava dividida em 139 demos. A transformação dos demos em unidades fundamentais do Estado enfraqueceu os
genos, grupos familiares
aristocráticos que até então dominavam as fratrias.
Um demo funcionava até certo ponto como uma
pólis em miniatura, e alguns demos, como o de
Elêusis e Acarnas, de fato consistiam de cidades importantes. Cada demo tinha um demarca (
demarchos) que a supervisionava, bem como diversos outros funcionários civis, religiosos e militares. Cada demo tinha seus próprios
festivais religiosos, e era responsável por coletar impostos e gastar sua renda da maneira que melhor lhe aprouvesse.
Os demos eram categorizados com os outros demos da mesma área, formando
trittyes, grupos populacionais maiores, que por sua vez eram combinados de maneira a formar as dez tribos (
phylai) de Atenas. Cada tribo continha uma
trittys de cada uma das três regiões: a cidade, o litoral e o campo.