Até recentes escavações arqueológicas em sítios localizados na província de
Henan, onde os vestígios foram datados como sendo da
Era do Bronze e pertencentes à
Cultura Erlitou, era difícil separar o que era mito e o que era realidade a respeito da dinastia Xia. Desde então, arqueólogos descobriram vestígios de áreas urbanas, objetos trabalhados em bronze, e tumbas que apontam para a possível existência da dinastia Xia em localizações citadas em antigos documentos históricos chineses. A maioria dos arqueólogos chineses identifica a cultura Erlitou como correspondente à dinastia Xia, enquanto a maioria dos arqueólogos ocidentais continuam não convencidos da conexão entre a cultura Erlitou e a dinastia. No mínimo, o período Xia marcou um estágio de evolução técnica entre culturas do
neolítico tardio e a tradicional civilização urbana chinesa da Dinastia Shang. A tecnologia agrícola - como a criação de cavalos, a produção de vinho, além de avanços no transporte - aprimorou-se drasticamente na dinastia Xia.
A dinastia Xia finalizou um sistema de monarquia hereditária, transmitida supostamente desde a época do lendário
Imperador Amarelo, e iniciou um período de controles políticos baseados em clãs e famílias aristocráticas, que passaram a controlar tudo na nação (家天下). Foi também neste período que a civilização chinesa desenvolveu um sistema de governo que empregava tanto um governador civil (文治), quanto o uso de punições duras contra qualquer transgressão (刑罰). Destes primórdios o código legal chinês começou a se formar.