Eduardo tornou-se rei com a morte de seu pai, no início de 1936. Ele mostrava-se impaciente com os protocolos da corte e sua aparente indiferença para com as convenções constitucionais estabelecidas preocupava os políticos. Com poucos meses de reinado, ele causou uma crise constitucional ao propor casamento à
socialite americana
Wallis Simpson, divorciada do primeiro marido e em vias de se divorciar do segundo. Os primeiros-ministros do Reino Unido e dos
domínios eram contrários ao casamento, argumentando que o povo nunca aceitaria uma mulher divorciada com dois ex-maridos vivos como rainha. Além disso, tal casamento entraria em conflito com o
status de Eduardo como
Governador Supremo da Igreja de Inglaterra, que proibia o casamento de pessoas divorciadas enquanto seus ex-cônjuges ainda estivessem vivos. Eduardo sabia que o governo liderado pelo
primeiro-ministro britânico Stanley Baldwin renunciaria se os planos de casamento fossem em frente, o que poderia arrastar o rei a uma eleição geral e arruinar seu
status de
monarca constitucional politicamente neutro. Optando por não encerrar seu relacionamento com Wallis Simpson, Eduardo acabou por
abdicar, sendo sucedido por seu irmão mais novo, Alberto, que escolheu o nome de reinado de
Jorge VI. Ocupando o trono por apenas 326 dias, Eduardo foi um dos monarcas com o reinado mais curto em toda a história britânica e da
Commonwealth. Ele nunca foi coroado.