A guerra peninsular coincide com o que os historiadores
hispanófilos denominam "Guerra de Independência Espanhola", a qual teve início com o
levantamento de dois de maio de 1808 e terminou em 17 de abril de 1814. A ocupação francesa destruiu o
governo da Espanha, que se fragmentou em diversas
juntas provinciais que se disputavam entre si. Em 1810, o reconstruído governo de nacional, as
Cortes de Cádis, fortificou-se em
Cádis, embora não tenha conseguido reorganizar o exército devido ao
cerco de mais de 70.000 soldados franceses. Eventualmente, as forças britânicas e portuguesas asseguraram o controlo de Portugal, usando o país como ponto de partida de campanhas contra o exército francês e para o abastecimento das tropas espanholas. Ao mesmo tempo, o exército e as guerrilhas espanholas empatavam um número considerável de tropas napoleónicas. As forças aliadas, tanto regulares como irregulares, impediram os
marechais franceses de subjugar as províncias espanholas rebeldes ao restringir o domíno territorial francês, fazendo com que a guerra se prolongasse por vários anos de empate.
Os longo período de combate em Espanha representou um fardo pesado para a
Grande Armée francesa. Embora os franceses obtivessem vitórias em batalha, as suas comunicações e linhas de abastecimento eram sistematicamente sabotadas e as suas unidades eram frequentemente isoladas, assediadas ou dominadas por
partisans que praticavam uma guerrilha intensiva de raides e emboscadas. Embora os exércitos espanhois fossem sucessivamente derrotados e empurrados para a periferia, reagrupavam-se e perseguiam incessantemente os franceses.