Durante a
Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e
invasões bárbaras iniciadas durante a
Antiguidade Tardia. Os ocupantes
bárbaros formam novos reinos, apoiando-se na estrutura do
Império Romano do Ocidente. No , o
Norte de África e o
Médio Oriente, que tinham sido parte do
Império Romano do Oriente tornam-se territórios
islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de
Maomé. O
Império Bizantino sobrevive e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas pré-existentes. O
cristianismo disseminou-se pela
Europa ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os
Francos, governados pela
dinastia carolíngia, estabeleceram um
império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao , quando se desmoronaria perante as investidas de
Víquingues do norte,
Magiares de leste e
Sarracenos do sul.
Durante a
Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até ao
Renascimento: o
senhorialismo – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o
feudalismo — uma estrutura política em que
cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial e o direito a cobrar impostos em determinado território. As
Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dos
muçulmanos o domínio sobre a
Terra Santa, tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela
escolástica, uma
filosofia que procurou unir a fé à
razão, e pela fundação das primeiras
universidades. A obra de
Tomás de Aquino, a
pintura de
Giotto, a
poesia de
Dante e
Chaucer, as viagens de
Marco Polo e a edificação das imponentes
catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas deste período.