A
Invasão do Iraque em 2003, que começou a 19 de março de 2003 e terminou em 1 de maio do mesmo ano, foi a primeira etapa do que se tornaria um longo conflito, a
Guerra do Iraque. Foi lançada com o nome de "Operação Liberdade do Iraque" pelos
Estados Unidos e aconteceu no contexto da
Guerra Global contra o Terrorismo. A invasão durou apenas 21 dias e foi bem sucedida. Os americanos receberam apoio militar do
Reino Unido, da
Austrália e da
Polônia. O objetivo era derrubar o
regime baathista de
Saddam Hussein. A fase da invasão do conflito foi curta e consistiu em combate convencional e na ocupação de boa parte do
Iraque, resultando na destituição do governo que estava no poder. A ditadura de Saddam entrou em colapso logo após a queda de
Bagdá.
Apenas quatro países enviaram tropas na fase de invasão, que foi de 19 de março a 1 de maio de 2003. Os Estados Unidos contribuiu com a maior força (148 000 soldados) que formavam a vanguarda da Coalizão. O Reino Unido enviou 45 000 militares a frente de batalha, a Austrália 2 000 e a Polônia apenas 194 soldados (a maioria forças especiais). Outras 36 nações contribuíram com tropas e observadores após a invasão ter sido concluída. O Kuwait e a Arábia Saudita ofereceram seus territórios para apoiar as forças aliadas. No norte do Iraque, a milícia
curda conhecida como
Peshmerga também apoiou a invasão incondicionalmente.
De acordo com o
presidente dos Estados Unidos,
George W. Bush, e com o
primeiro-ministro do Reino Unido,
Tony Blair, a missão da coalizão era "desarmar o regime iraquiano, encerrar o apoio de Saddam Hussein a organizações terroristas e libertar o povo iraquiano". Os motivos citados para a guerra, contudo, foram controversos. O general americano
Wesley Clark, um ex comandante da OTAN e diretor do Gabinete de Estratégia e Política, descreveu no seu livro
Winning Modern Wars ("Vencendo Guerras Modernas", lançado em 2003), conversas com oficiais de alta patente do
Pentágono após os
atentados terroristas de 11 de setembro, sobre o planejamento de invadir sete países do
Oriente Médio em um período de cinco anos. Ele falou: "enquanto eu caminhava pelo Pentágono em novembro de 2001, um dos oficiais graduados das forças armadas tinha um tempo para conversar. 'Sim, nós ainda estamos seguindo com os planos para o Iraque', ele me disse. Mas ele foi além. Isso tudo era parte de uma campanha de cinco anos, ele falou, e havia planos para atacar sete países, começando pelo Iraque, então a Síria, o Líbano, a Líbia, o Irã, a Somália e o Sudão". Nada disso foi confirmado, mas a liderança militar americana realmente lançou uma agenda de campanhas militares após o 11 de setembro, com o intuito de
combater o terrorismo. De acordo com os britânicos, o que impulsionou o conflito foi o fracasso do Iraque em se dispor a se desarmar de todo o seu arsenal nuclear, químico e biológico, que os americanos e seus aliados ingleses acreditavam ser uma ameaça a paz global. Em 2005, um relatório divulgado pela
Central Intelligence Agency (CIA) reportou que, desde 1991, o Iraque não tinha nenhum programa ativo para construção de
armas de destruição em massa.