Juscelino Kubitschek de Oliveira, também conhecido como
JK (
Diamantina,
12 de setembro de
1902 —
Resende,
22 de agosto de
1976), foi um
médico, oficial da Polícia Militar Mineira e
político brasileiro, que ocupou a
Presidência da República entre 1956 e 1961. Concluiu o curso de humanidades no Seminário de Diamantina e em 1920 mudou-se para
Belo Horizonte. Em 1927, formou-se em medicina pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e em 1930 especializou-se em
urologia em
Paris e fez um estágio em
Berlim. No ano seguinte, casou-se com
Sarah Lemos, com quem teve a filha
Márcia, tendo também adotado
Maria Estela, quando esta tinha cinco anos de idade.
Em 1931, ingressou na
Polícia Militar mineira como médico. Neste período, tornou-se amigo do político
Benedito Valadares que, ao ser nomeado
interventor federal em 1933, nomeou Juscelino como seu chefe de gabinete. Em 1934, foi eleito deputado federal, mas o seu mandato foi cassado com o advento do golpe do
Estado Novo. Com a perda do mandato, retornou à medicina. Em 1940, foi nomeado prefeito de
Belo Horizonte por Valadares, permanecendo neste cargo até outubro de 1945. No final do mesmo ano foi
eleito deputado constituinte pelo
Partido Social Democrático. Em 1950, venceu
Bias Fortes nas prévias do PSD para a escolha do candidato do partido ao
Governo de Minas nas eleições daquele ano. Na eleição geral, derrotou seu concunhado
Gabriel Passos e foi empossado governador em 31 de janeiro de 1951. Neste cargo, criou a
Companhia Energética de Minas Gerais, e também priorizou as estradas e a industrialização.
Em outubro de 1954, lançou sua candidatura à Presidência da República para a
eleição de 1955, sendo oficializada em fevereiro de 1955. JK apresentou um discurso desenvolvimentista e utilizou como
slogan de campanha "50 anos em 5". Em uma aliança formada por seis partidos, seu companheiro de chapa foi
João Goulart. Em 3 de outubro, elegeu-se presidente com 35,6
os votos, contra 30,2
e
Juarez Távora, da
UDN. A oposição tentou anular a eleição com a alegação de que JK não havia obtido a maioria absoluta dos votos. No entanto, o general
Henrique Lott desencadeou um movimento militar que garantiu a posse de JK e Jango em 31 de janeiro de 1956. Na presidência, foi o responsável pela construção de uma nova capital federal,
Brasília, executando assim um antigo projeto para promover o desenvolvimento do interior e a integração do país. Durante todo o seu mandato, o país viveu um período de notável
desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política. No entanto, houve também um significativo aumento da dívida pública interna, da dívida externa, e, segundo alguns críticos, seu mandato terminou com crescimento da inflação, aumento da concentração de renda e arrocho salarial. Na época, não havia reeleição e em 31 de janeiro de 1961 foi sucedido por
Jânio Quadros, seu opositor apoiado pela UDN.