O
secularismo francês,
laicismo ou
laicidade, diferentemente do
anticlericalismo, rejeita a influência da
Igreja apenas na
esfera pública do
Estado, pois considera que os assuntos religiosos só devem pertencer à
esfera privada de cada indivíduo. É um conceito que denota a ausência de envolvimento religioso em assuntos governamentais, bem como ausência de envolvimento do governo nos assuntos religiosos. O secularismo francês tem uma longa história, mas a legislação atual é baseada na lei francesa de 1905 sobre a separação das Igrejas e do Estado. Durante o
século XX, ela evoluiu para significar
igualdade de tratamento entre todas as religiões, embora uma interpretação mais restritiva do termo tenha sido desenvolvida desde 2004. Apesar de
dicionários ordinariamente traduzirem
laïcité como
secularidade ou "laicidade" (sendo este último o
sistema político), tais conceitos não devem ser confundidos: "laicismo" não se confunde com "
laicidade".
A laicidade do
ensino público francês foi introduzida desde
1880, quando
Jules Ferry organizou a
escola primária, tornando-a pública, gratuita e obrigatória. Desde então, os
crucifixos foram retirados das salas de aula e toda propaganda religiosa e política foi proibida. Só que há muitos, especialmente os professores, que consideram que uma lei proibindo os sinais religiosos nas escolas não resolverá o problema e apenas cria insatisfação por parte dos adeptos da
religiões e efeitos negativos para os alunos. Segundo eles o dever da
escola, dentro de uma
sociedade que se quer
democrática, é de integrar, e não de excluir.