A
língua latina ou
latim é uma antiga
língua indo-europeia do
ramo itálico originalmente falada no
Lácio, a região do entorno da cidade de
Roma. Foi amplamente difundida, especialmente na
Europa Ocidental, como a
língua oficial da
República Romana, do
Império Romano e, após a conversão deste último ao
cristianismo, da
Igreja Católica Romana. Através da Igreja Católica, tornou-se a língua dos acadêmicos e
filósofos europeus
medievais. Por ser uma língua altamente flexiva e sintética, a sua
sintaxe (ordem das palavras) é, em alguma medida, variável, se comparada com a de idiomas analíticos como o
português, embora em prosa os romanos tendessem a preferir a ordem
SOV. A sintaxe é indicada por uma estrutura de
afixos ligados a temas. O
alfabeto latino, derivado dos
alfabetos etrusco e
grego (por sua vez, derivados do
alfabeto fenício), continua a ser o mais amplamente usado no mundo.
Embora o latim seja hoje uma
língua morta, ou seja, uma língua que não mais possui falantes nativos, ele ainda é empregado pela
Igreja Católica para fins rituais e burocráticos. Exerceu enorme influência sobre diversas línguas vivas, ao servir de fonte vocabular para a
ciência, o mundo acadêmico e o
direito. O
latim vulgar, nome dado ao latim no seu uso popular inculto, é o ancestral das
línguas neolatinas (
italiano,
francês,
espanhol,
português,
romeno,
catalão,
romanche e outros idiomas e dialetos regionais da área); muitas palavras adaptadas do latim foram adotadas por outras línguas modernas, como o
inglês. O fato de haver sido a
lingua franca do
mundo ocidental por mais de mil anos é prova de sua influência.