Prússia (, ) é uma região histórica que se estende desde a
Baía de Gdansk (na
Polônia), o final da
Curlândia (na costa sudeste do
Mar Báltico, na
Letônia), até a
Masúria, no interior do território polonês atual. O nome
Prússia tem sua origem histórica nos
prussianos, um povo
báltico que habitava na área em torno das
lagunas da
Curlândia e do
Vístula (no que é hoje o norte polonês). A região e os habitantes foram descritos pela primeira vez por
Tácito em sua obra
Germania no ano de , no período em que
suevos,
godos e outros
povos germânicos viviam em ambos as margens do rio Vístula, ao lado dos
éstios, os povos do leste. Na década de 1230, o território dos prussianos, e dos povos vizinhos
curônios e
livônios, estava sob o controle do
Estado da Ordem Teutónica.
O termo é aplicado a uma série de
Estados históricos homônimos centrados na região histórica e que deram origem ao
Ducado da Prússia e à
Marca de Brandemburgo. Durante séculos, a
Casa de Hohenzollern governou com sucesso a região, expandindo de seu tamanho por meio de um exército bem organizado e eficaz. A Prússia moldou a
história da Alemanha, tendo como sua capital
Berlim depois de 1451. Em 1871, os
Estados alemães se uniram com a criação do
Império Alemão, sob liderança prussiana. Em novembro de 1918, as monarquias foram abolidas e a nobreza perdeu seu poder político. A Prússia foi efetivamente abolida em 1932, e oficialmente em 1947. No século XIII, os
cruzados alemães — os
Cavaleiros Teutônicos — conquistaram os prussianos. Em 1308, os Cavaleiros Teutônicos conquistaram a região da
Pomerélia e
Gdansk (
Danzig). O
Estado da Ordem Teutónica foi
germanizado principalmente pela
imigração da Alemanha central e ocidental, e foi
polonizado por colonos de
Mazóvia. A
Segunda Paz de Torun (1466) dividiu a Prússia nas regiões
Ocidental — a
Prússia Real, uma província do
Reino da Polônia, que posteriormente ficou sob proteção da
República das Duas Nações — e a parte
Oriental — o
Ducado da Prússia (a partir de 1525), um
feudo da
Coroa da Polônia até 1657. A unidade de ambas as partes da Prússia foram preservadas pela manutenção das suas fronteiras, da cidadania de seus habitantes e da sua autonomia política.
A
união de Brandemburgo e o Ducado da Prússia em 1618 culminou na proclamação do
Reino da Prússia, em 1701, quando o país se tornou uma das
grandes potências de sua época, com maior influência nos séculos XVIII e XIX. Durante o século XVIII, sob o reinado de
Frederico, o Grande, a nação teve uma grande influência em muitos assuntos internacionais. Durante o século XIX, o chanceler
Otto von Bismarck uniu os principados alemães em uma "Alemanha Menor", que excluía o
Império Austríaco. No
Congresso de Viena (1814-1815), que redesenhou o
mapa político da
Europa após a derrota de
Napoleão, a Prússia adquiriu uma grande parte do noroeste do que atualmente é a
Alemanha, incluindo o
Vale do Ruhr, uma região rica em
carvão. O reino então cresceu rapidamente na influência econômica e política, quando, em 1867, tornou-se o núcleo da
Confederação da Alemanha do Norte e, em 1871, do
Império Alemão. Neste período, a Prússia era tão grande e tão dominante na nova Alemanha que os
junkers e outras elites prussianas eram cada vez mais identificadas como alemães e cada vez menos como prussianos.