Os Protectorados das Nações Unidas ou “territórios sob tutela” (Trust Territories, em inglês), foram territórios administrados por diferentes países como protectorados, sob mandato do Conselho de Tutela das Nações Unidas. Estes territórios encontravam-se, quer sob a protecção daqueles estados por mandato da Liga das Nações (que deixou de existir em 1946, quando se formou a ONU), quer administrados por países que tinham sido derrotados na Segunda Guerra Mundial. O mandato requeria que aqueles territórios fossem preparados para a independência, sob um governodemocrático.
Os Protectorados das Nações Unidas e as respetivas potências administrativas eram:
Nauru, uma ilha da Micronésia, que era igualmente uma colónia alemã, foi administrada pela Austrália até à sua independência em 1968;
a Nova Guiné, cuja metade oriental foi administrada pela Austrália desde 1920 por mandato da Liga das Nações, enquanto que a parte ocidental era administrada pelos Países Baixos, como parte da sua colónia das Índias Orientais Holandesas. O protectorado da Austrália tornou-se independente como Papua-Nova Guiné em 1975, enquanto que a parte ocidental, à qual a Holanda deu a independência a 1 de Dezembro de 1961, foi anexada pela Indonésia a 1 de maio de 1963, sendo até agora uma região com duas províncias daquele país;
o Ruanda e o Burundi (antiga denominação Urundi) foram administrados pela Bélgica até à sua independência em 1962;
a Somália, que tinha anteriormente estado dividida entre a Itália e o Reino Unido, foi administrada pela Itália desde 1949 até à sua independência em 1959;
o Sudoeste Africano, outra colónia alemã,actual Namíbia, foi administrado pela África do Sul com mandato da Liga das Nações de 1920 mas, quando da formação da ONU, em 1949 recusou-se a renovar o mandato, passando a administrá-la como uma província; depois de uma guerra de libertação e de várias intervenções das Nações Unidas, dos estados da Linha da Frente, da URSS e de Cuba, a Namíbia tornou-se independente em 1990;
o Tanganyika, também uma colónia alemã, que é a parte continental da actual República Unida da Tanzânia, foi administrado pelo Reino Unido entre 1919 e 1961, quando se tornou independente;
a Togolândia, igualmente uma colónia alemã, foi invadida por forças do Reino Unido e de França em 1914; em 1919, a Liga das Nações, dividiu o território em dois mandatos separados para aqueles países e, quando a França deu a independência ao Togo, a parte britânica votou por continuar ligada à Costa do Ouro, actual Gana;