Em
física teórica,
cromodinâmica quântica (
QCD) é a teoria das
interações fortes, uma
força fundamental que descreve a interação entre
quarks e glúons que por sua vez constituem os
hádrons como os
prótons,
nêutrons e
píons. QCD é um tipo de
teoria quântica de campos classificada como uma
teoria de gauge não-abeliana sendo seu grupo de simetria o
SU(3). Na cromodinâmica quântica a quantidade análoga a carga elétrica é uma propriedade denominada
cor. Glúons são as
partículas portadoras dessa força nessa teoria, assim como é o papel dos fótons serem portadores da força eletromagnética na
eletrodinâmica quântica. A QCD é uma parte importante do
modelo padrão da
física de partículas. Bastante evidência experimental foi produzida ao longo dos anos confirmando predições da QCD.
A QCD exibe as seguintes propriedades peculiares:
- Confinamento, que significa que a força entre quarks não diminui quando eles são separados. Por conta disso, se dois quarks forem separados um do outro, a energia do campo de glúons que se forma é suficiente para criar outro par quark-antiquark, dessa forma essas partículas estão sempre confinadas no interior de hádrons, como o prótons, o nêutron, o píon ou o káon. Embora esse confinamento não esteja provado analiticamente, é amplamente considerado verdadeiro pois explica a falha constante na procura por quarks livres, e, além disso, é uma propriedade fácil de ser demonstrada em modelos de QCD na rede.
- Liberdade assintótica, que significa que em reações envolvendo energias muito altas, quarks e glúons interagem muito fracamente criando um plasma de quarks e glúons. Essa previsão da QCD foi primeiramente descoberta no começo dos anos 70 por David Politzer, Frank Wilczek e David Gross. Por esse trabalho receberam o prêmio Nobel de Física em 2004.
A temperatura de transição de fase entre as duas propriedades (confinamento e liberdade assintótica) foi medida pelo experimento
ALICE como estando bem além dos 160 MeV. Abaixo dessa temperatura o confinamento é dominante, ao passo que acima dela a liberdade assintótica se torna dominante.