A
Fundação de Roma é um evento ainda pesquisado por
arqueólogos e
historiadores, uma vez que as fontes literárias sobre o assunto datam de centenas de anos após sua ocorrência, de forma que cada descoberta arqueológica demanda novas formas de analisar as citadas fontes. Os
romanos elaboraram um complexo conto
mitológico sobre a origem da cidade e do
Estado, que se uniu à obra histórica de
Tito Lívio e às obras poéticas de
Virgílio e
Ovídio, todos da era de
Augusto. Naquela época, as lendas oriundas de textos mais antigos foram trabalhadas e fundidas num conto único, no qual o passado mítico foi interpretado em função dos interesses do
império. Os modernos estudos históricos e arqueológicos, que se baseiam nestas e em outras fontes escritas, além de objetos e restos de construções obtidos em vários momentos das escavações, tentam reconstruir a realidade que existe no conto mítico, no qual se reconhecem alguns elementos de verdade.
Por muito tempo postulou-se que os verdadeiros fundadores da cidade propriamente dita teriam sido os
etruscos que instalaram-se na região no século , no entanto, evidências arqueológicas recentemente descobertas questionam a veracidade desta afirmação. A data da fundação é, a rigor, desconhecida, embora autores como Tim Cornell argumentem que teria sido no , Durante o reinado de Augusto, o historiador
Marco Terêncio Varrão estabeleceu a data como
21 de abril de com base em estudos do astrólogo
Lúcio Tarúcio Firmano. Outro ponto conflitante em relação a Roma é a
etimologia de seu nome. Embora associado pela tradição com Rômulo, diversos autores, tanto clássicos como modernos, associaram diversas origens para o nome "Roma".