(,
ash-sha`b al-filasTini), também chamados de
árabes palestinos/
palestinianos (,
al-filasTiniyyun; ,
al-`Arab al-filasTiniyyun), são os integrantes de um povo
mediterrâneo falante do
árabe, com origens familiares na
Palestina. Estudos
genéticos mostram que têm ascendência principalmente
levantina, semelhante à dos
judeus,
turcos (
anatólios),
libaneses,
egípcios,
armênios e
iranianos. Na região que inclui
Israel, a
Cisjordânia e a
Faixa de Gaza, em 2004, os árabes palestinos constituíam 49% de todos os habitantes, alguns dos quais são classificados como deslocados internamente, isto é, dentro da
Palestina histórica. O restante constituiu a diáspora palestina, sendo mais da metade é formada por
refugiados apátridas, isto é, desprovidos de
cidadania em qualquer país. Destes palestinos exilados, cerca de 1,9 milhões vivem na vizinha
Jordânia, um milhão e meio vivem entre a
Síria e o
Líbano, duzentos e cinquenta mil na
Arábia Saudita, enquanto os quinhentos mil que vivem no
Chile formam a maior concentração de palestinos fora do
mundo árabe.
A maior parte dos palestinos é formada por
muçulmanos sunitas. Existe, entretanto, uma minoria significativa de cristãos palestinos de diversas
denominações. A maior parte destes cristãos palestinos, no entanto, reside atualmente fora da Palestina. Como o
etnônimo "árabe palestino" implica, o
vernáculo tradicional dos palestinos, independentemente de sua religião, é o
dialeto palestino do árabe. Boa parte daqueles que são cidadãos
árabes de Israel também são
bilíngues, e falam também o
hebraico. Evidências genéticas obtidas recentemente mostraram que os palestinos, como grupo étnico, são parentes muito próximos dos judeus, e representam "descendentes modernos de uma população central que viveu na região desde os tempos pré-históricos", portanto muito antes da conquista islâmica árabe que resultou na sua
aculturação, estabeleceu o árabe como o vernáculo predominante e, com o tempo, islamizou muitos deles que eram adeptos de outras fés.
O primeiro uso mais abrangente do termo "palestino" como um
endônimo, para se referir ao conceito
nacionalista de um povo palestino, pela população local e falante do árabe da Palestina se deu antes do início da
Primeira Guerra Mundial, e a primeira manifestação pública exigindo a
independência nacional foi manifestada pelo Congresso Sírio-Palestino, em 21 de setembro de 1921. Após a criação de Israel, o
êxodo de 1948, e, mais ainda, depois do êxodo de 1967, o termo passou a significar não apenas um local de origem, mas também o sentido de um passado e um futuro compartilhados, na forma de uma nação-Estado palestina.