O
pinyin (em
chinês: 拼音,
pīnyīn), ou, mais formalmente,
hanyu pinyin (汉语拼音 / 漢語拼音), é o método de
romanização mais utilizado atualmente para o
mandarim padrão (标准普通话 / 標準普通話).
Hànyǔ (汉语 / 漢語) significa língua chinesa, e
pīnyīn (拼音) significa "
fonética", ou, mais literalmente, "som soletrado". O sistema é utilizado apenas para o mandarim padrão, e não para os outros idiomas chineses, incluindo o antigo chinês oficial,
guangyun (广韵 / 廣韻). O sistema é usado na
China continental, em
Hong Kong,
Macau, partes de
Taiwan,
Malásia e
Singapura, para o ensino do
mandarim e internacionalmente, para ensinar o mandarim como segundo idioma. Também é utilizado para grafar os nomes chineses em publicações estrangeiras, e pode ser utilizado para a inserção de
caracteres chineses (
hanzi) em
computadores e
telefones celulares.
O sistema de romanização foi desenvolvido por um comitê governamental da
República Popular da China (RPC), e aprovado pelo governo do país em 11 de fevereiro de 1958. A
Organização Internacional de Padronização (
International Organization for Standarzation), ISO) adotou o
pinyin como um padrão internacional em 1982, para a romanização padrão do chinês moderno (ISO-7098:1991), e desde então ele foi adotado por diversas outras organizações, como o Singapura, pela
Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, e pela Associação de Bibliotecas Americanas (
American Library Association). O sistema de romanização também se tornou o padrão nacional na
República da China, comumente conhecida como Taiwan ou Formosa, em 1 de janeiro de 2009.
O
hanyu pinyin superou sistemas anteriores de romanização, tais como o
Wade-Giles (
1859), que foi modificado em
1892, e o pinyin do Sistema Postal, e também substituiu o
zhuyin como o método de instrução fonética chinesa na
China Continental. O
pinyin é uma romanização e não uma anglicização, ou seja, ele utiliza letras latinas para representar sons no mandarim padrão; a maneira de efetuar tal representação no
pinyin difere, em alguns casos, do estilo de simbolização escrita de sons em outras línguas que usam o alfabeto latino. Por exemplo, os sons indicados nesse dialeto pela letra
b e
g correspondem mais precisamente aos sons representados, respectivamente, pela letra
p e
k no emprego ocidental do alfabeto latino. Outras letras, como
j,
q,
x ou
zh indicam sons que não correspondem exatamente a nenhum som em inglês. Algumas das transcrições no
pinyin, tais como a terminação
"ang", também não correspondem a pronúncias da
língua inglesa ou portuguesa. O pinyin foi desenvolvido levando em consideração as necessidades dos falantes da língua chinesa, especificamente do mandarim padrão, e não é uma forma de transliteração dos caracteres chineses direcionada aos ocidentais. Ao permitir que caracteres latinos se refiram a sons chineses específicos, o
pinyin realiza uma romanização precisa e compacta, o que é conveniente para falantes nativos chineses e acadêmicos, mas nem sempre aos falantes de idiomas ocidentais. Isso significa que uma pessoa que nunca estudou chinês, ou o sistema do
pinyin, está sujeita a cometer graves erros de pronúncia. Este, no entanto, é um problema menos sério com sistemas de romanização se comparado com os anteriores, tais como o Wade-Giles.