Uma das características mais utilizadas para descrever e classificar os
seres vivos tem a ver com a existência ou não de
simetria no seu corpo. Animais como a
medusa e
anêmonas - Filo
Cnidaria - e a
estrela-do-mar e
ouriço-do-mar - Filo
Echinodermata - têm
simetria radial (vários eixos de simetria). A maioria dos animais tem simetria bilateral, isto é, com um único eixo de simetria. Na verdade não existe animal algum perfeitamente simétrico. Trata-se apenas de uma aproximação ideal. A aplicação de um conceito
abstracto (ainda mais do âmbito da
geometria) à natureza faz-se quase sempre mais por
semelhança que pela
identidade entre
ideia e coisa concreta. Nos seres humanos, por exemplo, para além das inevitáveis
assimetrias exteriores (há quem chegue a ter o olho direito com uma cor diferente da do esquerdo), há muitas assimetrias no interior do corpo: alguns órgãos, como são únicos (
estômago,
fígado,
coração) ou estão inclinados para um dos lados ou então situam-se num deles. Até os
pulmões, sendo dois, têm tamanhos diferentes. No caso de outros animais, como a
cobra (que, devido à sua forma tubular obriga os órgãos a distribuirem-se de forma peculiar), as assimetrias internas são ainda mais notórias.