A noção em
senso comum de
tempo é inerente ao
ser humano, visto que todos somos, em princípio, capazes de reconhecer e ordenar a ocorrência dos
eventos percebidos pelos nossos
sentidos. Contudo a
ciência evidenciou várias vezes que nossos sentidos e percepções são mestres em nos enganar. A percepção de tempo inferida a partir de nossos sentidos é estabelecida via processos
psicossomáticos, onde variadas variáveis, muitas com origem puramente psicológica, tomam parte, e assim como certamente todas as pessoas presenciaram em algum momento uma
ilusão de ótica, da mesma forma de que em algum momento houve a
sensação de que, em certos
dias, determinados eventos transcorreram de forma muito rápida, e de que em outros os mesmos eventos transcorreram de forma bem lenta, mesmo que o
relógio - aparelho especificamente construído para medida de tempo - diga o contrário.
Embora os
pesquisadores não tenham encontrado
evidências de um único "
órgão do tempo" no
cérebro, e de que ainda há muito por se descobrir em relação aos processos cerebrais responsáveis pela nossa percepção de passagem do tempo , é certo que o conceito baseado em senso comum é muito pouco
preciso para mostrar-se confiável ou mesmo útil na maioria das situações, mesmo nas práticas onde estamos acostumados a utilizá-lo. A exemplo, todos certamente já afirmaram, de forma a mais natural: "o tempo corre", "este ano passou depressa" ou mesmo "esta aula não acaba". Uma definição científica mais precisa faz-se certamente necessária, e com ela ver-se-á, entre outros, que o tempo, em sua acepção científica, não flui. O tempo simplesmente é .