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Armórica
[Image:Kartenn Galianed.jpg|thumb|right|300px|Mapa dos povos gálicos da região da moderna Bretanha, correspondente à antiga Armórica: ]] Armórica ou Aremorica é o nome dado na Antiguidade à região da Gália que incluía a península da Bretanha e o território entre os rios Sena e Loire, até um ponto indeterminado no interior. Este topónimo baseia-se na expressão gaulesa are mori "à beira-mar". Em bretão (idioma que, juntamente com o gaélico e o córnico são as línguas vivas derivadas do gaulês) "à beira mar" diz-se war vor (e gaélico ar for), embora a forma mais antiga arvor seja usada para as zonas costeiras da Bretanha, em contraste com argoad (ar 'em', coad 'floresta' [em gaélico ar goed ('coed', floresta)], para designar o interior. Esta utilização moderna permite deduzir que os Romanos contactaram inicialmente populações costeiras e partiram do princípio que o nome localizado Armórica dizia respeito a toda a região, tanto litoral quanto interior.

Plínio o Velho, na sua História Natural (2.17.105), indica que Armórica era o nome antigo para a Aquitânia, dizendo que a fronteira sul da Armórica chegava até aos Pirenéus. Tomando em conta a origem gaulesa do nome, esta asserção é perfeitamente lógica e correcta, uma vez que Armórica não denomina um país, mas antes é uma palavra que identifica um tipo de região geográfica - uma região à beira-mar. Plínio enumera as seguintes tribos célticas que habitavam a península: os Éduos e os Carnutenos como aliados de Roma; os Néldios e os Secusianos como tendo alguma independência; e os BoiosSénones, Aulercos (quer os Eburóvices quer os Cenomanos), os Parísios, Tricases, Andicavos, Viducasses, Bodiocasses, Venélios, Coriosvelites, Diablintes, Rédones, Turões, e os Atseuos.

O comércio entre a Armórica e a Grã-Bretanha, descrito por Diodoro Sículo e implicitamente referido por Plínio [1]existia desde tempos muito recuados. Devido ao prolongado apoio dado pela aristocracia tribal dos Bretões à resistência ao domínio romano na Armórica, mesmo depois da campanha de Crasso em 57 a.C., Júlio César invadiu por duas vezes a ilha em 55 a.C. e 54 a.C. como retaliação. Pistas acerca das intrincadas redes de relações culturais entre a Armórica e as "Bretanhas" de Plínio são-nos dadas por César quando descreve Diviciacus dos Suessiões, como "o mais poderoso dos governantes de toda a Gália, controlando não só uma grande área desta região [a Armórica] mas também da Bretanha" (De Bello Gallico ii.4). Achados arqueológicos ao longa da costa sul da Inglaterra, especialmente em Hengistbury Head, provam relações com a Armórica até leste do rio Solent. Esta relação "pré-histórica" entre a Cornualha e a Bretanha continuou chegada enquanto se falou o córnico (um dialeto do Bretão). Mais a Leste, no entanto, as ligações tipicamente continentais da costa britânica eram fundamentalmente com o vale do baixo Sena.


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