Australopithecus africanus é uma
espécie antiga de
hominídeo, um
australopitecíneo que viveu entre 2 e 3 milhões de anos atrás, durante o período conhecido como
Pleistoceno. Foi descrita por
Raymond Dart em
1924, com base no "Crânio Infantil de Taung", um
crânio de um ser jovem que Dart pensou ser o “elo perdido” da
evolução entre os
símios e os seres
humanos. Dart considerou ser o achado relativo a uma espécie nova, devido ao pequeno volume do seu crânio, mas com uma
dentição relativamente próxima dos
humanos e por ter provavelmente tido uma postura vertical.
Esta revelação foi muito criticada pelos cientistas da época, entre os quais Sir Arthur Keith, que postulava que não passava do crânio de um pequeno
gorila. Como o “crânio Infantil de Taung”, realmente um crânio dum ser jovem, havia espaço para várias interpretações e, mais importante, nessa altura não se acreditava que o “berço da humanidade” pudesse estar na África.
As descobertas de Robert Broom em
Swartkrans, na
década de 1930 corroboraram a conclusão de Dart, mas algumas das suas ideias continuam a ser contestadas, nomeadamente a de que os ossos de gazela encontrados junto com o crânio podiam ser instrumentos daquela espécie.