Após trabalhar em peças na
Broadway, Davis mudou-se para
Hollywood em 1930, onde obteve pouco êxito com papéis em produções da
Universal Studios. Foi contratada pela
Warner Bros. em 1932, estabelecendo uma bem-sucedida carreira através de várias atuações aclamadas pela crítica. Em 1937 tentou se libertar do contrato e, apesar de ter perdido um
processo contra a produtora que foi amplamente explorado pela mídia, atingiu o período de maior sucesso de sua carreira. Até o final dos anos 1940, Davis foi uma das mais célebres protagonistas do cinema americano, reconhecida por seu estilo forte e intenso. Ganhou uma reputação de perfeccionista muito combativa, sendo que embates com executivos dos estúdios, diretores de cinema e outras estrelas eram frequentemente noticiados pela mídia. Seu estilo franco, sua voz distinta e o
cigarro sempre a mão contribuíram para a construção de uma imagem pública muito imitada e satirizada.
Davis co-fundou a Hollywood Canteen – iniciativa para angariar fundos para o
Exército e entreter soldados estadunidenses durante a
Segunda Guerra Mundial – e foi a primeira mulher presidente da
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Ganhou o
Oscar de Melhor Atriz duas vezes, foi a primeira pessoa a receber dez indicações da
Academia nas categorias de atuação, além de ter sido a primeira mulher a receber um prêmio pelo conjunto da obra do
American Film Institute. Sua carreira passou por vários períodos sombrios, tendo ela mesma admitido que seu sucesso se deu muitas vezes às custas de seus relacionamentos pessoais. Casada quatro vezes, tornou-se viúva uma vez e
divorciada outras três, tendo criado seus filhos como mãe solteira. Seus últimos anos foram marcados por um longo período de doença mas ela continuou atuando até pouco antes de sua morte por
câncer de mama, com mais de 100 papéis em filme, televisão e teatro em sua filmografia. Em 1999, Davis foi a segunda colocada, atrás apenas de
Katharine Hepburn, na lista do American Film Institute das .