Born to Die é o segundo
álbum de estúdio da artista musical estadunidense
Lana Del Rey. O seu lançamento ocorreu em 27 de janeiro de 2012 na Alemanha e na Irlanda e no dia 31 do mesmo mês nos Estados Unidos, através das editoras discográficas
Interscope,
Polydor e Stranger Records. Com o intuito de divulgar o seu trabalho à
indústria fonográfica e estabilizar-se na carreira artística, a cantora gravou um álbum de demonstração intitulado
Sirens no ano de 2006, sob o pseudônimo de May Jailer. O projeto e as suas constantes apresentações em
shows de talentos renderam-lhe um contrato com a
gravadora independente 5 Point Records, com a qual ela lançou o seu
disco de estreia epônimo quatro anos mais tarde, que acabou por ser retirado de circulação por a gravadora não poder mais financiar a sua divulgação. Oficializando-se como o responsável por inserir Del Rey no cenário musical internacional,
Born to Die foi concebido ao longo de 2010 e 2011, após a cantora fechar o contrato com uma grande editora, e teve as suas gravações concluídas depois que o seu primeiro
single, "
Video Games", tornou-se um êxito viral na
Internet, o que causou um burburinho entre os meios de comunicação em relação à, até então, desconhecida cantora.
Musicalmente,
Born to Die possui uma sonoridade voltada aos estilos
pop e
rock independentes, fundindo-os com elementos da
música alternativa, do
hip hop e, ainda, da
música pop, enquanto que o seu lirismo retrata uma obscura história de amor vista com olhos esperançosos e aborda temas relacionados a drogas, ao sexo, tragédias e às dificuldades que a artista passou para se tornar uma cantora. Considerado um dos álbuns mais esperados de 2012, foi recebido com análises divergentes pelos
críticos musicais, com alguns a elogiar as habilidades vocais de Del Rey e suas melodias. Outros, contudo, alegaram que, embora apresentasse um bom material, o seu lançamento aconteceu de forma precipitada e, eventualmente, talvez tenha prejudicado todas as ideias que ali foram postas. Os resenhistas também notaram que o estilo da cantora lembrava a música dos anos 1950, e que boa parte das letras das canções referia-se a sonhos americanos, direcionadas ao seu ex-namorado. Alguns, ainda, questionaram-se sobre a
autenticidade da cantora em sua carreira musical, descrevendo-a como moldada pela indústria
pop.
Comercialmente, contudo,
Born to Die mostrou ser bem recebido universalmente. Culminou os mercados musicais de catorze países e debutou na segunda posição da
Billboard 200, dos
Estados Unidos, enquanto que alcançou o terceiro posto no
Canadá. Mas foi no
continente europeu onde ele obteve seu maior êxito, tendo sido certificado com platina em dezesseis nações e atingido a primeira posição nas tabelas musicais de países como a
Áustria, a
Alemanha, a
França e a
Suíça em sua semana de estreia. No
Reino Unido, o material repetiu o feito com vendas iniciais de 117 mil cópias, tornando-se o mais rapidamente comprado de 2012. Além disso,
Born to Die também atingiu o topo na
Austrália e ficou entre os dez primeiros colados em outras treze nações. O álbum chegou ao fim de 2012 com mais de 4.4 milhões de cópias distribuídas pelo mundo e foi o quinto mais vendido do ano. Até 2014, o disco havia vendido mais de sete milhões de cópias em todo o globo.