Todas as espécies de
Camellia são designadas, na
China, pela palavra
mandarim "chá" (茶), complementada por algum termo que, geralmente, caracteriza seu
habitat ou suas peculiaridades
morfológicas. Este gênero apresenta cerca de 80
espécies nativas das florestas da
Índia,
Sudeste Asiático,
China e
Japão. São
arbustos ou árvores de porte médio, com
folhas coriáceas, escuras, lustrosas, com bordas serrilhadas ou denteadas. Apresentam flores vistosas, brancas, vermelhas, rosadas, matizadas, ou raramente amarelas, algumas tão grandes quanto a palma da mão de uma pessoa adulta, outras tão pequenas quanto uma moeda. Certas espécies exalam suave perfume. Os frutos são cápsulas globosas, que podem variar do tamanho de um amendoim ao de uma maçã, com cerca de 3 sementes esféricas.
Algumas espécies, como
C. japonica,
C. sasanqua,
C. reticulata, e
C. chrysantha, são cultivadas por suas belas e grandes flores, folhagem densa, escura e lustrosa, e porte baixo. Estas e outras espécies são intercruzadas para a obtenção de híbridos que reúnem suas melhores qualidades. A este gênero, pertence, ainda, a
C. sinensis, de cujas folhas se obtém o
chá em uma atividade comercial que movimenta bilhões de
dólares estadunidenses por ano. Outras espécies de
Camellia são usadas localmente, na Índia e na China, como alternativas à
C. sinensis para a preparação de chá. Outras produzem um
óleo em suas sementes, aproveitado como
combustível. A camélia é, também, usada em
jardins ornamentais. Em Portugal, a cidade de
Celorico de Basto tem investido, nos últimos anos, no cultivo de várias espécies em seus jardins, tornando-os locais de visita obrigatória durante os meses de fevereiro e março, época da sua Festa Internacional das Camélias.