A
Declaração Unilateral de Independência foi uma declaração aprovada pelo
conselho de ministros da
Rodésia em 11 de novembro de 1965, anunciando que a Rodésia, um território britânico no
sul da África que possuía
auto-governo desde 1923, agora se proclamava um Estado soberano e independente. O auge da longa discussão contenciosa entre o Reino Unido e a Rodésia em relação aos termos nos quais esta última poderia tornar-se totalmente independente foi a primeira ruptura unilateral entre uma colônia e a metrópole britânica desde a
Declaração da Independência dos Estados Unidos, ocorrida quase dois séculos antes. A Grã-Bretanha, a
Commonwealth e a
Organização das Nações Unidas (ONU) declararam conjuntamente a ilegalidade da Declaração, e sanções econômicas, a primeira na história da ONU, foram impostas à colônia secessora. Em meio a um isolamento internacional quase que completo, a Rodésia continuou a existir como um
Estado não-reconhecido graças a assistência da África do Sul e de Portugal.
O governo da Rodésia, que em sua maior parte era composta pela minoria branca do país, mostrou-se indignado quando, em meio a
descolonização e o "Vento da Mudança", colônias africanas menos desenvolvidas localizadas ao norte e com pouca experiência de auto-governo avançaram rapidamente rumo a independência durante a década de 1960, enquanto que à Rodésia foi negada a autodeterminação em virtude do novo ideal britânico que defendia "
nenhuma independência antes do governo majoritário".