A
doença por vírus Ébola (
DVE), também denominada no
Brasil por
doença por vírus ebola, é uma
doença que atinge seres
humanos e outros
mamíferos e que é provocada pelo
ebolavírus. Os sintomas têm início duas a três semanas após contrair o vírus, manifestando-se inicialmente por
febre, garganta
inflamada,
dores musculares e
dores de cabeça. Estes sintomas são seguidos por
vómitos,
diarreia e
exantema, a par de insuficiência
hepática e
renal. Nesta fase, a pessoa infetada pode começar a ter
hemorragias, tanto internas como externas. Em caso de morte, esta geralmente ocorre entre 6 a 16 dias após o início dos sintomas e na maior parte dos casos deve-se à
diminuição da pressão arterial resultante da perda de sangue.
O vírus pode ser adquirido através de contacto com o
sangue ou outros
fluidos biológicos de um ser humano ou animal infetado. A transmissão por via aérea ainda não foi documentada em ambiente natural. Acredita-se que o
reservatório natural seja o
morcego-da-fruta, o qual é capaz de propagar o vírus sem ser afetado. Os humanos são infetados pelo contacto direto com os morcegos ou com animais que foram infetados pelos morcegos. Uma vez estabelecida a infeção humana, a doença pode-se também disseminar entre determinada população. Os sobreviventes do sexo masculino continuam a ser capazes de transmitir a doença através do
sémen durante cerca de dois meses. Para o
diagnóstico de DVE, são primeiro
excluídas doenças com sintomas semelhantes, como a
malária,
cólera ou outras
febres hemorrágicas virais. Para confirmar o diagnóstico são examinadas amostras de sangue para a presença de
anticorpos virais,
ARN viral ou do próprio vírus.
O controlo de um surto exige a coordenação entre vários serviços médicos, a par de um determinado nível de envolvimento da comunidade. Entre os serviços médicos necessários estão a rápida deteção e diagnóstico de pessoas de risco, rápido acesso a serviços de laboratório adequados, tratamento adequado dos infetados e gestão adequada dos mortos através de cremação ou enterro. A prevenção passa por diminuir o risco de propagação da doença entre animais infetados e seres humanos. Isto pode ser feito através do uso de vestuário de proteção ao manusear carcaças de animais suspeitas ou garantindo que toda a carne é plenamente cozinhada antes de ser consumida. Durante o contacto com pessoas com a doença, deve também ser usado vestuário de proteção adequado e as mãos devem ser frequentemente lavadas. As amostras de tecidos e fluidos corporais de pessoas infetadas devem ser manuseadas com especial precaução.