O
Estado Islâmico do Afeganistão (,
Dowlat-e Eslami-ye Afghanestan) foi o nome oficial do
Afeganistão após a queda do regime
comunista, a
República Democrática do Afeganistão, em
1992. O país, durante a vigência deste regime, atravessou o período mais confuso da sua história: em
1993 houve pelo menos três governos em
Cabul e as bandeiras oficiais do país, embora algumas diferiram apenas em alguns detalhes, foram intermináveis.
Após desarmar os civis (armados pelas organizações de massa do antigo regime) e concentrar as armas nas milícias dos
senhores da guerra, o Estado Islâmico foi caracterizado pelas lutas contínuas e a fragmentação do país, bem como pela proliferação do cultivo e do tráfico de
ópio, pela
prostituição, pela destruição cultural, e até
tráfico de órgãos dos pobres locais (que eram vendidos no exterior).
Em
1996, o país foi renomeado para
Emirado Islâmico do Afeganistão pelo
Talibã, após tomar o controle da maioria do país, que foi, no entanto, reconhecido apenas pela
Arábia Saudita e
Paquistão. A Frente Unida (Frente Islâmica Unida para a Salvação do Afeganistão - FIUSA), conhecida no Ocidente como
Aliança do Norte, foi criada pelo Estado Islâmico do Afeganistão no mesmo ano. Em geral, a existência do Estado Islâmico do Afeganistão tem sido caracterizada por uma
grotesca guerra civil entre as diferentes facções dos
Mujahidins e as ideologias políticas mais diversas, e que durante a
invasão soviética estavam unidas apenas pelo ódio aos comunistas. O Estado Islâmico foi expulso de Cabul, mas continuou a ser o representante legítimo do Afeganistão nas
Nações Unidas até
2001, quando se tornou a
República Islâmica do Afeganistão e uma administração interina afegã assumiu o controle do Afeganistão com ajuda dos estadunidenses e da
OTAN.