Eugénio de Saboia ou
Eugênio de Savoia (François-Eugène, Príncipe de Saboia; Hôtel de Soissons,
Paris,
16 de Outubro de
1663 - Stadtpalais,
Viena,
21 de Abril de
1736) foi um
Príncipe da
Casa de Saboia, que nasceu no seio do ramo dos
Condes de Soissons, que viviam na corte de Paris. Era filho de
Eugénio Maurício de Saboia, conde de Soissons, e de
Olímpia Mancini, uma das sobrinhas do
Cardeal Mazarino. Cresceu na corte de
Luís XIV de França, que devido ao porte débil do Príncipe, se recusou a conceder-lhe autorização para iniciar a carreira militar que este tanto almejava. Inconformado, o
Príncipe Eugénio abandona Paris em 1683 (já quase com 20 anos) e muda-se para a
Áustria, onde coloca a sua lealdade ao serviço dos
Habsburgo.
A posição de grande comandante militar de Eugénio de Saboia foi consolidada pelos seus feitos na
Guerra de Sucessão Espanhola. Em Itália salvou
Turim (
1706) da capitulação face ao exército do
Duque d'Orleães, salvando o último reduto do seu primo, o
Duque de Saboia. Na
Alemanha, ao lado de
Marlborough, contribuiu decisivamente para os sucessos de
Blenheim, Oudenaarde e Malplaquet. Voltou ainda a brilhar no palco oriental vencendo os Turcos em
Petrovaradin (
1716) e Belgrado (
1717). Os triunfos militares possibilitaram-lhe a ascensão na Corte Imperial, onde pode demonstrar as suas qualidades de diplomata no Tratado de Rastadt (
1714) e no equilíbrio precário que a Europa viveu entre
Habsburgos e
Bourbons durante as décadas seguintes. Ainda comandaria algumas campanhas militares contra os turcos no curso da
Guerra da Sucessão Polaca (1633-1638), mas sem o brilho de outrora.