O
foquismo é uma teoria revolucionária inspirada por
Che Guevara e desenvolvida por
Régis Debray. Foi adotada, nos
anos 1960, pelos grupos armados de
esquerda e consistia, basicamente, em criar
focos (daí o nome)
de revolução no mundo, como forma de enfraquecer o
imperialismo. A premissa era de que a criação de múltiplos focos de
guerrilha rural dificultava a ação repressora por parte das forças armadas governamentais. A conhecida frase de Che Guevara sobre a necessidade de criar "um, dois, três, muitos
Vietnãs", reflete tal pensamento, que, no Brasil, encontrou sua expressão na
guerrilha do Araguaia.
Até a vitória da
Revolução Cubana, em
1959, as referências para a esquerda revolucionária em todo o mundo eram a
Revolução Russa e a
Revolução Chinesa. A vitória de chineses e
soviéticos deu-se através de movimentos de massa, enquanto que a Revolução Cubana tornou-se vitoriosa por meio da luta armada direta, através da guerrilha.
Cuba tornou-se um
divisor de águas. Até então os
Partidos Comunistas seguiam a orientação hegemônica do
PCUS, que era contrário à exportação da
revolução. No momento em que Cuba torna-se vitoriosa através da
guerra de guerrilha, houve uma reviravolta. A Revolução Cubana fora feita não por um partido comunista, mas pelo Movimento Revolucionário 26 de Julho, dirigido por
Fidel Castro. A partir daí há uma grande cisão nos PC's, com o surgimento de novos partidos, que aderiram à luta armada como via para se alcançar o
socialismo.