O conceito
irredentista do
Grande Marrocos começou a ser utilizado no início da
década de 1940, pelo Partido Nacionalista Marroquino (
Istiqlal), como arma de propaganda para conseguir o apoio do povo marroquino contra o
domínio colonial francês. Após a independência marroquina em
1956, e após a morte do
sultão Mohammed V (
1961), seu filho,
Hassan II reavivou o conceito de "Grande Marrocos", como uma extensão do processo de independência. Este processo começou com a conclusão do protetorado francês, a volta de
Tânger e o fim do
protetorado espanhol sobre os territórios administrados pela
Espanha, no norte do
Marrocos. Pouco tempo depois (após a
Guerra de Ifni com Espanha,
1957-
1958), conseguiu-se também a aquisição dos territórios do protetorado no sul do Marrocos, os territórios de
Tarfaya (
Cabo Juby).
Depois de uma breve guerra fronteiriça entre o Marrocos e a Argélia (
Guerra das Areias), em
1963, quando Marrocos foi capaz de derrotar o 2 batalhões argelinos (imediatamente após a independência da Argélia da
França depois de uma longa guerra), a Argélia prometeu ao Marrocos que, se este último abandonasse as suas pretensões dos territórios do oeste argelino, receberia todo o apoio da Argélia para recuperar o Saara Ocidental (que era uma farsa, pois a Argélia ajudou e continua até agora a apoiar a
Frente Polisário). Após a Guerra o Rei Hassan II deslocou seu foco para o Saara Ocidental, administrada pela Espanha. Em
1969 a Espanha cedeu
Ifni ao Marrocos, na sequência da resolução 2072 das
Nações Unidas.