A estrutura social dos gregos bizantinos era baseada primordialmente numa base agrária, rural, que consistia do
campesinato e de uma pequena fração dos
proletários. Estes camponeses vivam em três tipos diferentes de núcleos populacionais: o
chorion, ou
vilarejo, o
agridion, ou
vila, e o
proasteion, grande propriedade rural à qual estavam associados diversos trabalhadores. Diversos distúrbios civis ocorridos no período bizantino foram atribuídos às facções políticas dentro do Império em si, e não a esta grande base popular. Os
soldados greco-bizantinos eram recrutados inicialmente entre os camponeses, e treinados anualmente. Por volta do
século XI, no entanto, a maior parte dos soldados do Império Bizantino já eram profissionais ou
mercenários.
A educação da população greco-bizantina foi - até o
século XII - mais avançada do que no
Ocidente, especialmente a nível de
ensino primário, com altas taxas de
alfabetização. Os comerciantes greco-bizantinos eram bem-sucedidos, e gozavam de uma posição elevada no comércio internacional da época. Apesar dos desafios que enfrentavam contra seus rivais, os mercadores e comerciantes
italianos, conseguiram se sustentar com sucesso por toda a segunda metade da existência do império. O
clero também tinha um status especial, gozando não só de mais liberdade que seus equivalentes ocidentais, mas também mantendo um
patriarca em Constantinopla, considerado o equivalente
ortodoxo do
Papa. Esta posição vantajosa foi construída ao longo dos séculos, já que no início do reinado de
Constantino apenas uma pequena parcela da população, cerca de 10%, era
cristã.