Imhotep (por vezes grafado
Immutef,
Im-hotep ou
Ii-em-Hotep; em
egípcio: ,
lit. "aquele que vem em paz"; chamado pelos
gregos de Ιμυθες,
transl. Imuthes ;
fl. século XXVII a.C.,
ca. 2655-2600 a.C.) foi um
polímata egípcio, que serviu a
Djoser,
rei da Terceira Dinastia, na função de
vizir ou
chanceler do
faraó e sumo-sacerdote do deus-sol
Rá, em
Heliópolis. É considerado o primeiro
arquiteto,
engenheiro e
médico da história antiga, embora dois outros médicos, Hesy-Ra e Merit-Ptah, tenham sido contemporâneos seus.
A lista completa de seus títulos é:
- Chanceler do Rei do Egito, Doutor, Primeiro na linhagem do Rei do Alto Egito, Administrador do Grande Palácio, Nobre hereditário, Sumo Sacerdote de Heliópolis, Construtor, Carpinteiro-Chefe, Escultor-Chefe, e Feitor-Chefe de Vasos.
Imhotep foi um dos poucos mortais a serem ilustrados como parte de uma estátua de um faraó. Foi um de um grupo restritíssimo de plebeus a quem foi concedido o status divino após a morte; o centro de seu culto era
Mênfis. A partir do
Primeiro Período Intermediário Imhotep também passou a ser reverenciado como poeta e filósofo. Suas palavras eram mencionadas em poemas: "Eu ouvi as palavras de Imhotep e Hordedef, de cujos discursos os homens tanto falam."
A localização da sepultura de Imhotep, construída por ele próprio, foi escondida com absoluta cautela, e permanece desconhecida até os dias de hoje, apesar dos esforços para encontrá-la. O consenso acadêmico é de que ele estaria escondido em algum lugar de
Sacara. A existência histórica de Imhotep é confirmada através de duas inscrições contemporâneas feitas na base, ou pedestal, de uma das estátuas de Djoser (Cairo JE 49889), bem como um
grafito na muralha que circunda a pirâmide interminada de
Sekhemkhet. A segunda inscrição sugere que Imhotep teria vivido por alguns anos depois da morte de Djoser, e ajudou na construção da pirâmide do rei Sekhemkhet, abandonada devido ao breve reinado deste soberano.