Individualismo metodológico concerne à análise da ação humana segundo a perspectiva dos
agentes individuais. Economistas da
Escola Austríaca argumentam que o único meio de se chegar a uma teoria econômica válida é derivá-la logicamente a partir dos princípios básicos da ação humana, um método denominado
praxeologia. Este método sustenta que permite a descoberta de leis econômicas fundamentais válidas para toda a ação humana. Busca a explicação dos fenômenos econômicos na ação dos indivíduos, e não em entidades coletivas, como por exemplo faz o historicismo. Rejeita-se da mesma forma conceitos e agregados macroeconômicos que não sejam fundamentados na ação individual. A ação humana individual é o ponto de partida para a escolha.
Paralelamente a praxeologia, essas teorias tradicionalmente defendem uma abordagem interpretativa da história para abordar acontecimentos históricos específicos. Além disso, enquanto economistas freqüentemente utilizam experimentos naturais, os economistas austríacos afirmam que testabilidade na economia é praticamente impossível, uma vez que depende de atores humanos que não podem ser colocados em um cenário de laboratório sem que sejam alteradas suas possíveis ações. Economistas pertencentes ao
mainstream acreditam que a metodologia adotada pela moderna economia austríaca carece de
rigor científico; Os críticos argumentam que a abordagem austríaca falha no teste de
falseabilidade.
No campo da
sociologia costuma-se atribuir o posto de fundador do individualismo metodológico ao célebre pensador alemão
Max Weber (1864-1920). Esse, ao contrário do francês
Émile Durkheim (1858-1917) que concebe a sociedade como uma realidade autônoma em relação ao indivíduo (Holismo Metodológico), defende a tese de que análise dos fenômenos sociais tem seu ponto de partida na
ação social. Weber é considerado o ponto de partida da
microssociologia e da teoria da escolha racional ou rational choyce que busca aplicar os princípios da análise econômica aos processos sociais.