Karel Capek (
Malé Svatonovice,
9 de Janeiro de
1890 –
Praga,
25 de Dezembro de
1938) foi um escritor checo. Foi o criador da palavra Robot (a partir de robota, que, em sua língua e em outras línguas eslavas, pode significar trabalho exercido de forma compulsória, ou escravo). Em 1921, Capek escreveu uma peça de teatro chamada
R.U.R. (lançado no Brasil pela editora Hedra com o título
A Fábrica de Robôs), iniciais de "Rosumovi Univerzální Roboti". A peça conta a história de um
cientista brilhante, chamado Rossum, que desenvolve uma substância química similar ao
protoplasma. Ele utiliza essa substância para construção de
humanoides (
robôs), com o intuito de que estes sejam obedientes e realizem todo o trabalho físico.
Outras de obras suas são
A Guerra das Salamandras, espécie de fábula acerca da descoberta de uma espécie de salamandras dotadas de elevada inteligência e que são escravizadas pelos humanos, numa visão extremamente crítica do capitalismo, da ciência e de diversos aspectos do mundo contemporâneo. Suas
"Histórias Apócrifas" são uma série de contos baseados em fatos reais ou pretensamente reais, mas nos quais o autor inventa e insere "variantes" bastante irônicas, tal como num dos contos, no qual um padeiro de Jerusalém conversava com um amigo, dizendo que estava atraído pelos ensinamentos do rabi Jesus, mas que tinha desistido de tal atitude, após descobrir que o rabi teria algo contra os padeiros, uma vez que teria promovido um milagre de multiplicação de pães e criado grande prejuízo para todos os padeiros.
Capek também praticou literatura infantil, com o belíssimo
"Dachenca: a história de uma cachorrinha", que narra carinhosamente a história de uma pequena cadela Fox Terrier, chamada Dachenca. A história é muito bem humorada e inteligente, além de ser enriquecida com desenhos da cachorrinha, feitos pelo próprio autor.