O
leonês (
Llionés) (denominado nas falas tradicionais como
cabreirés,
senabrés,
paḷḷuezu) é o termo usado para fazer referência ao conjunto de falas
românicas vernáculas no bloco ocidental do domínio linguístico ásture-leonês (que abarca também os dialetos do ocidente
asturiano e a
língua mirandesa, própria de
Miranda do Douro) no norte e oeste da região histórica de
Leão (atualmente províncias de
Leão,
Samora e
Salamanca - embora nesta última não existam, atualmente, quaisquer falantes de leonês) e em algumas áreas adjacentes em território português. O leonês difere dos dialetos agrupados sob o
asturiano , embora não haja uma divisão clara em termos puramente linguísticos. Estima-se que os falantes de leonês rondem atualmente 20,000 a 50,000 indivíduos. As partes mais ocidentais das províncias de
Leão e
Samora pertencem ao território do diassistema
galego-português, embora exista continuidade entre os dialetos dos dois domínios linguísticos.
Os dialetos leonês e
asturiano são desde há muito reconhecidos como constituintes de um único diassistema linguístico, chamado atualmente de ásture-leonês pela maior parte dos estudiosos mas denominada anteriormente como leonês. Durante a maior parte do século XX, linguistas como Ramón Menéndez Pidal (no seu estudo "
Sobre el dialecto leonés" ) referiam-se ao leonês como uma língua ou dialeto histórico descendente do
latim, abrangendo dois grupos: por um lado, os dialetos
asturianos e, por outro, certos dialetos falados nas províncias de
Leão e
Samora em
Espanha, juntamente com um
dialeto relacionado, em Trás-os-Montes .
O leonês carece de normas ortográficas reguladas oficialmente. Várias associações propuseram uma norma própria para o dialeto, diferenciada das já existentes no domínio linguístico ásture-leonês (como o asturiano, regulado pela Academia de la Llingua Asturiana, ou o Anstituto de la Lhéngua Mirandesa, que regula o
mirandês), enquanto que outras associações e escritores propõem seguir as normas ortográficas da Academia de la Llingua Asturiana.