Eles foram responsáveis, simultaneamente, por uma sofisticação poética que tinha os antigos como modelo e pela modernização da língua. A aparente contradição se explica: para a
Renascença francesa, a Antigüidade representava a novidade suprema, e os poetas da Plêiade contrapunham as formas clássicas (
odes,
elegias,
éclogas) tanto à pobreza vocabular da poesia cortesã quanto ao pedantismo professoral daqueles que "desprezam e rejeitam com um franzir de cenho mais do que estóico tudo o que está escrito em francês, preferindo o
latim". O manifesto desses poetas é a célebre
Defesa e ilustração da língua francesa (1549), de Du Bellay, mas foi a obra de Ronsard que teve maior impacto, substituindo o
verbo decassílabo de origem italiana pelo alexandrino, até hoje preponderante na poesia francesa.