Alguns filósofos e historiadores afirmaram que essa rebelião foi o acontecimento revolucionário mais importante do
século XX, porque não se deveu a uma camada restrita da população, como trabalhadores e camponeses -que eram maioria-, mas a uma insurreição popular que superou barreiras étnicas, culturais, de idade e de classe.
Começou como uma série de greves estudantis que irromperam em algumas
universidades e
escolas de ensino secundário em
Paris, após confrontos com a administração e a polícia. A tentativa do governo gaullista de esmagar essas greves com mais ações policiais no
Quartier Latin levou a uma escalada do conflito que culminou numa greve geral de estudantes e em greves com ocupações de fábricas em toda a França, às quais aderiram dez milhões de trabalhadores, aproximadamente dois terços dos trabalhadores franceses. Os protestos chegaram ao ponto de levar o general de Gaulle a criar um quartel general de operações militares para obstar à insurreição, dissolver a
Assembléia Nacional e marcar eleições parlamentares para
23 de Junho de
1968.