Murano, embora descrita como uma
ilha da
lagoa de Veneza, é de facto um arquipélago de sete ilhas menores, das quais duas são artificiais (Sacca Serenella e Sacca San Mattia), unidas por pontes entre si. Tem aproximadamente 5500 habitantes e fica a somente 1 km de Veneza. Murano é um local famoso pelas obras em
vidro, particularmente
candeeiros.
Murano foi fundada pelos romanos, e desde o século VI foi habitada por gente procedente de
Altino e
Oderzo. A principio, a ilha prosperou como porto pesqueiro e graças à produção de sal. Era um centro de comércio. Com o porto controlavam a ilha de Santo Erasmo. A partir do
século XI a cidade começou a decair devido a muitos habitantes se mudarem para
Dorsoduro. Tinham um grande poder local, como o de Veneza, mas desde o
século XIII Murano foi governada por venezianos. Contrariamente a outras ilhas da lagoa, Murano cunhava as suas próprias moedas.
Em
1291, todos os cristaleiros de Veneza foram obrigados a mudar-se a Murano devido ao risco de incêndio, porque a esmagadora maioria dos edifícios de Veneza era construída em madeira. Durante o século XIV, as exportações começaram e a ilha ganhou fama, inicialmente pelo fabrico de
missangas de cristal e de
espelhos. O cristal
aventurina foi inventado na ilha e, durante algum tempo, Murano chegou a ser o maior produtor de cristal da
Europa. O arquipélago, mais tarde, ficou conhecido pelo fabrico de lustres. Embora tenha havido grande queda durante o
século XVIII, a cristalaria continuou a ser a industria mais importante da ilha.