O projeto influenciou sobremaneira o jornalismo português, ao assumir-se como um contraponto conservador e elitista, mas simultaneamente libertário e culto, à imprensa esquerdista que prevalecia na época. Teve como colaboradores nomes como
Agustina Bessa Luís,
Vasco Pulido Valente,
António Barreto,
João Bénard da Costa,
Maria Filomena Mónica, João Miguel Fernandes Jorge, Joaquim Manuel Magalhães,
M. S. Lourenço, Maria Afonso Sancho, Leonardo Ferraz de Carvalho,
Pedro Ayres Magalhães,
Rui Vieira Nery ou
Edgar Pêra. Atribuiu uma enorme importância à fotografia, contando com o trabalho de fotógrafos importantes como Inês Gonçalves, Daniel Blaufuks e Augusto Alves da Silva.
Na década de
1990 quase todas as semanas surgia uma manchete denunciando uma figura pública (ministros, governantes, políticos), casos de corrupção, uso indevido de fundos públicos. Várias pessoas terão sido acusadas justamente, mas outras foram consideradas inocentes pelos tribunais e o jornal foi sujeito a vários processos por difamação. Enquanto
Portas e Helena Sanches Osório faziam estremecer os alicerces do governo de
Aníbal Cavaco Silva, com a denúncia semanal e impiedosa de escândalos políticos, Miguel Esteves Cardoso ocupava-se da parte cultural, no destacável
Vida; outras vezes fazia dupla com
Paulo Portas em entrevistas a figuras da política e cultura portuguesa. Foi um dos principais responsáveis pelo declínio do
cavaquismo, facto que mais tarde iria tornar extremamente difíceis as relações entre o
CDS-PP liderado por
Paulo Portas, que acabou por iniciar uma carreira política, e o
PSD. Teve também um papel na transformação do
CDS em
Partido Popular.