A Quarta Internacional sofreu várias cisões ao longo de sua história: a primeira em
1940, que ocorreu somente na França, e a mais importante, que se deu no plano internacional, em
1953. Apesar de uma reunificação em
1963, vários reagrupamentos internacionais reivindicam a Quarta Internacional e a herança trotskista.
Durante parte importante de sua existência, a Quarta Internacional foi perseguida por agentes da polícia secreta soviética, reprimida por países
capitalistas, como a França e os
Estados Unidos, e rejeitada como ilegítima pelos seguidores da União Soviética e, posteriormente, do
maoísmo – uma posição ainda mantida por estes comunistas nos dias de hoje. Durante a
Segunda Guerra Mundial, sob estas condições de ilegalidade e hostilidade em grande parte do mundo, ela encontrou dificuldade para manter contato entre seus membros. Quando revoltas dos trabalhadores ocorreram, eram geralmente sob a influência de grupos de inspiração soviética, de maoístas,
social-democratas,
anarquistas, ou de grupos de militantes
nacionalistas, levando a novas derrotas para a QI e os trotskistas, que nunca conseguiram apoio semelhante. Mesmo após o
repúdio do Estado soviético a Stalin e o processo de
desestalinização do país, o trotskismo, apesar de sua crítica à burocratização, não viveu um processo de ampliação de sua influência. A crise vivida pelo ideário socialista, de todos os matizes, também enfraqueceu a alternativa trotskista. Ideologicamente, maoístas,
comunistas de esquerda e anarquistas consideram o trotskismo – e, portanto, também a Quarta Internacional – ideologicamente falido e impotente. Apesar disso, muitas partes da
América Latina e da
Europa continuam a abrigar grandes grupos trotskistas, com seguidores jovens e velhos, que são atraídos pelo "anti-stalinismo" e pela retórica a favor do movimento operário internacional. Alguns desses grupos carregam o rótulo de "membro da Quarta Internacional", quer no nome de sua organização, em seus manifestos, ou em ambos.