Os que duvidam que a autoria seja de Shakespeare acreditam que há uma falta de evidências concretas que demonstrem que o ator/empresário – às vezes conhecido como Shaksper de Stratford – também foi responsável pelo corpo de obras literárias que carregam um nome com uma grafia similar (mas não sempre idêntica) à sua própria. Outro argumento dos estudiosos que desconfiam da autoria é sobre o conhecimento educacional absurdamente superior presente nos trabalhos shakespearianos, que contêm, juntos, um vocabulário imenso de aproximadamente 29 000 palavras diferentes (incluindo versões diferentes de palavras); vocabulário esse quase cinco vezes maior que a grande versão do Rei Jaime em cima da
Bíblia, que emprega somente 6000 palavras diferentes. Muitos críticos têm encontrado dificuldades em acreditar que uma pessoa comum do século XVI, sem qualquer conhecimento educacional elevado', pudesse ser tão bem fluente na
Língua inglesa, e muito menos em
política,
direito e em línguas estrangeiras – o
latim, por exemplo, presente em obras como
Hamlet.
Até o início da década de 1920, Bacon foi o mais apontado como o autor das obras. Marlowe, Stanley, o 6º Conde de Derby e numerosos outros candidatos têm sido propostos, mas não conseguiram atrair grandes seguidores. No entanto, atualmente, a teoria suplente mais popular é que as obras de Shakespeare foram escritas por Eduardo de Vere (o 17º Conde de Oxford). Embora os principais estudiosos rejeitem todas essas alternativas e acreditem que Shakespeare de Stratford realmente escreveu os textos, o interesse na verdadeira autoria tem crescido, especialmente entre profissionais de teatro, acadêmicos e estudiosos independentes.