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Reforma Inglesa
A Reforma Inglesa (ou Reforma anglicana) foi uma série de eventos no século XVI através dos quais a Igreja da Inglaterra rompeu com a autoridade do Papa e a Igreja Católica Romana. Está associada com o processo mais amplo da Reforma Protestante, um movimento político-religioso que afetou as práticas da fé cristã em todo o continente europeu. Muitos fatores contribuíram para esse processo, como o declínio do feudalismo e a ascensão do nacionalismo, o advento do Direto comum, a invenção da prensa móvel por Gutenberg e o consequente aumento do número de Bíblias disponíveis, a difusão de conhecimento e novas idéias entre acadêmicos , as classes média e alta e os leitores em geral. Entretanto, a Reforma Inglesa — que também abrangeu o País de Gales e a Irlanda — foi em grande parte impulsionada por mudanças na política do governo inglês, às quais a opinião pública foi gradativamente se acostumando.

Tendo por base o desejo do rei Henrique VIII em anular seu casamento com Catarina de Aragão (negado pelo Papa Clemente em 1527), a Reforma Inglesa começou mais como uma disputa política do que teológica. As diferenças políticas entre Roma e Inglaterra permitiram que os atritos teológicos se tornassem ainda maiores. Até o rompimento com Roma era o Papa e os concílios gerais da Igreja que decidiam a doutrina. A Igreja da Inglaterra era governada pelo código de direito canônico com jurisdição final em Roma. As contribuições à Igreja eram pagas diretamente a Roma e o Papa tinha a palavra final na nomeação dos bispos.

O rompimento com a Igreja Católica em Roma entrou em efeito através de uma série de atos do Parlamento aprovados entre 1532 e 1534, dentre os quais o Ato da Supremacia, que declarava que o rei Henrique VIII era o "Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra na Terra". Este título foi renunciado por Maria I em 1553, quando restaurou a jurisdição papal, e reafirmado por Elizabeth I em 1559. A autoridade final em disputas doutrinais e legais agora pertencia ao monarca e o papado foi privado da arrecadação da Igreja e da palavra final na nomeação dos bispos.


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