Serket a deusa
escorpião da
mitologia egípcia. O seu nome é uma abreviação da expressão
Serket-Hetyt que significa "a que aperta a garganta" ou, de acordo com outra interpretação, "a que facilita a respiração na garganta" — no primeiro caso aludia-se ao facilitar da respiração dos récem-nascidos e no segundo ao seu papel benéfico na cura de picadas de escorpião (sendo um dos efeitos destas picadas a sensação de sufoco). É também conhecida como
Selchis,
Selkhet,
Selkis,
Selkhit,
Selkit,
Selqet,
Serkhet,
Serket-Hetyt,
Serqet e
Serquet.
A sua representação mais comum correspondia à de uma mulher com um escorpião na cabeça, tendo o escorpião a cauda erguida (ou seja estava pronto a picar). Em representações mais raras, surgia como um escorpião com cabeça de mulher
[1] ou como
serpente. Na
XXI dinastia foi representada como uma mulher com cabeça de leoa, tendo a nuca protegida por um
crocodilo.
A referência mais antiga que se conhece à deusa data do tempo da
I dinastia (estela de Merika em
Sakara). Segundo alguns autores, o chamado
Rei Escorpião terá prestado culto a esta deusa. Selket era uma deusa do
Baixo Egipto, embora não se conheça exactamente de que localidade. Contudo, o seu culto acabaria por difundir-se por todo o Egipto.