Ricardo Plantageneta (
21 de setembro de
1411 –
30 de dezembro de
1460),
duque de Iorque, conde de Cambridge e de March, foi o líder da
casa de Iorque durante os primeiros anos da
Guerra das Rosas. Era filho de
Ricardo, Conde de Cambridge, executado por traição em
1415, e de Anne Mortimer, herdeira do condado de March. Tornou-se duque de Iorque em
1426, como herdeiro do tio
Eduardo Plantageneta, morto na
batalha de Azincourt. Ricardo era descendente por via directa do rei
Eduardo III de Inglaterra, por meio do avô
Edmundo de Langley, e, portanto, um forte candidato à substituição do débil
Henrique VI de Inglaterra. Para popularizar esta causa, Ricardo começou a utilizar o apelido
Plantageneta, há muito em desuso na família real britânica.
A grande oportunidade de Ricardo surgiu em
1453, quando Henrique VI foi afectado por um colapso nervoso, talvez devido à derrota na
guerra dos cem anos ou aos rumores que davam
o seu filho recém-nascido como ilegítimo. Qualquer que fosse o motivo, Henrique VI estava claramente incapaz de governar e Ricardo foi nomeado Lorde Protector e regente da coroa.
No Natal de
1454, Henrique VI recuperou a condição mental e, em Fevereiro do ano seguinte, estava pronto para retomar a governação. Ricardo deixou de ser regente, o que obviamente lhe desagradou. Em breve, estava em revolta aberta contra o rei e, em Maio, travou-se a primeira batalha de Saint Albans, que resultou na vitória de Iorque e na derrota do duque de Somerset, do lado do rei. Este confronto é considerado como o início da Guerra das Rosas. A vitória em Saint Albans obrigou Henrique VI a aceitar Ricardo de novo na corte e a nomeá-lo não só regente de novo, mas seu sucessor, em prejuízo do seu filho, o Príncipe de Gales. Neste ponto, a rainha consorte
Margarida de Anjou começa a manobrar em defesa da sua família. Iorque é novamente expulso da corte em Fevereiro de 1456 e, nos anos seguintes, travam-se algumas escaramuças entre as partes. Finalmente, a
20 de Novembro de
1459, o duque de Iorque é declarado traidor pelo Parlamento, assim como todos os seus apoiantes.