Na
Antiguidade Clássica, o
suprimento de cereais da cidade de Roma não podia ser inteiramente fornecido pela zona rural vizinha da cidade, repleta de
vilas e parques da aristocracia e que produziam principalmente frutas, vegetais e outros bens perecíveis. A cidade foi gradualmente se tornando dependente de remessas cada vez maiores de
cereais de outras partes da
península itálica, especialmente da
Campânia, e de outras partes de seu território, como as
províncias na
Sicília,
norte da África e
Egito. Estas regiões eram capazes de enviar grandes quantidades de cereais para a população da capital, uma quantidade que chegou a 60 milhões de
módios (540 milhões de
litros / de
metros cúbicos) anualmente, segundo algumas fontes. Estas províncias e as rotas marítimas que as ligavam com
Óstia Antiga e outros importantes portos ganharam, por isto, uma grande importância estratégica. Quem quer que controlasse o suprimento de cereais estava em condições de controlar em grande medida a cidade de Roma.